Dia dos Mortos_02 de Novembro_ Dia de Finados

Dia dos Mortos: 02 de Novembro, Dia de Finados

Celebrado em 2 de novembro, conhecido como Dia de Finados ou Dia dos Mortos, esse dia tem raízes antigas e está associado a diversas tradições e práticas religiosas. Ao longo da história, diversas culturas têm reservado momentos específicos para honrar e lembrar aqueles que já partiram. Nesse contexto, o Dia de Finados emerge não apenas como uma tradição religiosa, mas também como uma expressão universal da humanidade em sua relação com o mistério da morte.

Este dia convida as pessoas a uma pausa na rotina agitada para contemplar, recordar e expressar gratidão por aqueles que já fizeram parte de suas vidas. Será que Deus concorda com isso?

Saiba o que Está por Trás do Dia de Finados ou Dia dos Mortos.

Aqui está um breve histórico sobre a origem e evolução deste dia:

  • Origens Pagãs: Antes do cristianismo, muitas culturas antigas já possuíam festivais e rituais dedicados aos mortos. Por exemplo, os celtas celebravam o festival de Samhain no final de outubro, marcando o final do ano celta. Eles acreditavam que, nesse período, o véu entre o mundo dos vivos e o dos mortos era mais fino, permitindo que espíritos dos falecidos visitassem o mundo terreno.
  • Influência Cristã: No século IV, os cristãos começaram a dedicar um dia para honrar os mártires. Com o tempo, essa tradição foi se expandindo até abranger todos os mortos. Em 998, a abadia de Cluny, na França, adotou a tradição de dedicar o dia 2 de novembro para lembrar dos falecidos. Este costume se espalhou rapidamente por outras comunidades cristãs na Europa.
  • Estabelecimento da Data: No século XIII, o Papa Bonifácio VIII estabeleceu oficialmente o “Dia de Todas as Almas” em 2 de novembro. A escolha da data foi, em parte, uma tentativa de cristianizar práticas pagãs que ocorriam no final de outubro e início de novembro.
  • Tradições Atuais: Em muitos países, o Dia dos Finados é um feriado nacional. As pessoas visitam os túmulos de entes queridos, levando flores, velas e orações. Em alguns lugares, como o México, o Dia dos Mortos (“Día de los Muertos”) é uma celebração vibrante e colorida, com festividades que misturam tradições indígenas e católicas.

Embora o Dia dos Finados seja associado primordialmente ao cristianismo, a ideia de separar um momento para lembrar e honrar os mortos é uma prática universal, encontrada em diversas culturas ao longo da história. A maneira como cada cultura e religião interpreta e celebra essa data pode variar, mas o desejo humano de lembrar e homenagear aqueles que partiram é um sentimento compartilhado globalmente.

E no Judaísmo?

No Judaísmo, a memória e o respeito pelos mortos são altamente valorizados, mas as práticas e tradições diferem significativamente daquelas encontradas no Cristianismo.

O principal dia de luto e memória no Judaísmo é o Yom Kippur, o Dia da Expiação. É o dia mais sagrado do calendário judaico, e enquanto é principalmente um dia de jejum, arrependimento e oração por pecados, muitos também o utilizam para lembrar de entes queridos que já faleceram. É tradicional recitar a oração “Yizkor” (lembrança) para os falecidos neste dia.

Além de Yom Kippur, a oração Yizkor também é recitada em outros três festivais: no último dia de Pessach (Páscoa Judaica), no segundo dia de Shavuot (Festival das Semanas) e no oitavo dia de Sucot (Festa dos Tabernáculos).

Outras práticas e tradições relacionadas ao luto no Judaísmo incluem:

  • Shiva: Após o enterro, é costume que os enlutados (geralmente os parentes mais próximos do falecido) observem um período de luto de sete dias chamado “Shiva”. Durante este tempo, os enlutados permanecem em casa, recebem visitantes e participam de orações e rituais diários.
  • Shloshim: Após o término da Shiva, segue-se um período de luto menos intenso chamado “Shloshim”, que dura até trinta dias após o enterro. Durante este tempo, há certas restrições, como não participar de festas e celebrações.
  • Yahrzeit: Este é o aniversário da morte, observado todos os anos. É costume acender uma vela especial que queima por 24 horas e recitar o “Kaddish”, uma oração especial. Muitos também fazem doações de caridade em memória do falecido e visitam o túmulo.
  • Tumbas: É comum visitar os cemitérios, especialmente antes dos feriados judaicos, para limpar as tumbas, colocar pedras (um sinal de respeito) e rezar pelos falecidos.

No geral, enquanto o Judaísmo não tem um “Dia dos Finados” per se, como no Cristianismo, ele possui várias tradições e práticas profundamente enraizadas para honrar e lembrar os mortos.

Por quê Deus Proibia o Contato com os Mortos no Antigo Testamento?

No Antigo Testamento, especificamente na Torá (os primeiros cinco livros da Bíblia), Deus fornece aos israelitas uma série de leis e instruções. Uma das proibições é sobre o envolvimento com os mortos e práticas associadas ao necromantismo e espiritismo. Existem várias razões para essas proibições:

  • Idolatria e Práticas Pagãs: Os povos ao redor de Israel frequentemente praticavam rituais e cultos que envolviam os mortos ou a invocação de espíritos. Deus queria que Israel fosse distinto desses povos e não se envolvesse em práticas que poderiam levá-los à idolatria. Ao proibir o contato com os mortos, Deus estava mantendo Israel afastado das práticas religiosas das nações vizinhas.
  • Confiança em Deus: A proibição de consultar os mortos ou espíritos é parte de uma ênfase mais ampla na confiança em Deus. Em vez de buscar orientação ou revelação dos mortos, os israelitas deveriam buscar a Deus e Sua revelação.
  • Pureza Ritual: O contato com um cadáver tornaria uma pessoa ritualmente impura (Números 19:11-13). Havia procedimentos específicos para purificação após tal contato. Essas leis reforçavam a santidade da vida e a separação entre a vida e a morte.
  • Proteção contra Enganos: O espiritismo e a necromancia, na visão da Torá, eram práticas enganosas que poderiam desviar o povo de Deus. Em Deuteronômio 18:10-12, tais práticas são chamadas de abominações ao Senhor.
  • Valor da Vida Humana: A distinção entre vida e morte, assim como as regras de pureza associadas à morte, ajudam a reforçar o valor e a santidade da vida humana.
  • Enfatizar a Autoridade dos Profetas: Em vez de consultar médiuns ou os mortos, os israelitas eram orientados a ouvir os profetas que Deus levantava entre eles (Deuteronômio 18:15-19). Os profetas eram os porta-vozes autorizados de Deus para o povo.

Em resumo, as proibições contra o contato com os mortos e práticas associadas no Antigo Testamento eram multifacetadas, buscando preservar a integridade espiritual, moral e ritual de Israel. Elas mantinham o povo focado em Deus como sua principal fonte de direção e proteção e os separavam das práticas das nações ao seu redor.

Quais São os Ensinamentos dos 2 Testamentos Segundo as Leis de Deus?

Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento abordam a questão da morte, luto e vida após a morte. No entanto, a abordagem e o entendimento desses conceitos evoluem entre os dois testamentos. Aqui está uma visão geral dos ensinamentos:

Antigo Testamento (Tanakh):

  • Vida Após a Morte: No Antigo Testamento, a concepção do pós-vida é mais vaga do que no Novo Testamento. Os mortos vão para o “Sheol”, um lugar de sombras ou reino dos mortos. Não é um lugar de recompensa ou punição explícita, mas mais um reino de esquecimento ou dormência.
  • Luto: Há muitos exemplos de rituais de luto no Antigo Testamento. Por exemplo, em Gênesis, Abraão lamenta e chora pela morte de sua esposa Sarah e então a enterra. O luto é uma parte natural e aceitável da experiência humana.
  • Valorização da Vida: A vida é valorizada e vista como um presente de Deus. O Seguinte Mandamento, “Não matarás”, destaca a santidade da vida humana.

Novo Testamento:

  • Ressurreição: Uma das principais diferenças no Novo Testamento é a ideia de ressurreição. Jesus fala da vida eterna e da ressurreição dos mortos. A própria ressurreição de Jesus é central para a fé cristã e é vista como uma confirmação da promessa de vida após a morte para os crentes.
  • Luto com Esperança: Enquanto o luto é reconhecido e compartilhado (Jesus chorou ao ver as irmãs de Lázaro chorarem por sua morte, por exemplo), há uma ênfase em lamentar com esperança. Em 1 Tessalonicenses 4:13-14, Paulo encoraja os crentes a não lamentar como aqueles que não têm esperança, porque eles creem que Jesus morreu e ressuscitou e, assim, os que morreram em Cristo também serão ressuscitados.
  • Julgamento Final: O Novo Testamento introduz a ideia de um julgamento final, onde cada pessoa será julgada de acordo com suas ações e fé. Dependendo desse julgamento, uma pessoa pode entrar na vida eterna ou ser separada de Deus.
  • A Importância da Fé: Em vários lugares, o Novo Testamento enfatiza a importância da fé em Jesus para a salvação e a vida eterna. Por exemplo, em João 11:25-26, Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.”

Ambos os testamentos reconhecem a realidade da morte e a importância do luto, mas oferecem diferentes perspectivas sobre o que acontece após a morte. Enquanto o Antigo Testamento é mais ambíguo e se concentra mais na vida presente, o Novo Testamento oferece mais detalhes sobre a esperança da ressurreição e da vida eterna através de Jesus Cristo.

O que Jesus quis Dizer com Deixe os Mortos Enterrarem os seus Mortos?

A frase “deixe os mortos enterrar seus mortos” é uma das declarações mais intrigantes feitas por Jesus e é encontrada nos Evangelhos de Mateus e Lucas. O contexto dessa afirmação ajuda a esclarecer seu significado.

No Evangelho de Mateus 8:21-22 (e paralelamente em Lucas 9:59-60), um discípulo diz a Jesus: “Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.” Jesus responde: “Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.”

Aqui estão algumas interpretações comuns dessa declaração:

  • Prioridade Espiritual sobre Obrigações Familiares: No contexto cultural da época, sepultar um ente querido era uma das obrigações mais importantes. Entretanto, Jesus está enfatizando que seguir a Ele e o Reino de Deus deve ter prioridade até mesmo sobre as mais sagradas responsabilidades familiares. A chamada para seguir Jesus é urgente e deve ser colocada acima de todas as outras considerações.
  • “Mortos” em Sentido Espiritual: Quando Jesus se refere aos “mortos” enterrando seus próprios mortos, Ele pode estar se referindo àqueles que não têm vida espiritual ou que não O reconhecem como o Messias. Nesse sentido, aqueles que estão espiritualmente “mortos” ou alienados de Deus estão preocupados com as coisas deste mundo, incluindo rituais como funerais.
  • Urgência da Missão: A resposta de Jesus destaca a urgência da missão do Reino de Deus. Ele quer que seus seguidores estejam totalmente comprometidos com a causa, sem distrações. Esperar para resolver todas as questões mundanas ou familiares pode significar perder a oportunidade de participar plenamente do que Deus está fazendo.
  • Redefinição de Família: Em vários pontos dos evangelhos, Jesus redefine o conceito de família. Aqueles que fazem a vontade de Deus são Seus irmãos, irmãs e mães (Mateus 12:48-50). A declaração pode estar alinhada a essa ideia de que a comunidade de crentes e o compromisso com o Reino de Deus são mais importantes do que os laços de sangue.

Em resumo, essa declaração de Jesus destaca as demandas radicais e a natureza urgente de seu chamado. Seguir a Jesus pode exigir sacrifícios e priorizar o compromisso espiritual acima das obrigações mundanas e familiares.

Quando Jesus Recebe a Notícia do Assassinato de João Batista, Por quê Ele não se Abalou?

Quando Jesus soube da morte de João Batista, Ele teve uma reação, mas essa reação pode não ser o que muitos esperariam dada a relação próxima entre os dois. No Evangelho de Mateus 14:13, é dito: “Ouvindo isto, Jesus retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; e quando as multidões ouviram isso, seguiram-no a pé das cidades.”

Aqui estão algumas coisas a considerar sobre a reação de Jesus:

  • Retiro para um Lugar Deserto: A primeira reação de Jesus foi se retirar para um lugar deserto. Isso pode ser interpretado de várias maneiras: como um momento de luto, uma oportunidade para refletir e orar, ou talvez uma resposta à crescente ameaça de Herodes e outros líderes.
  • Conhecimento Divino: Como Filho de Deus, Jesus possui conhecimento divino e entendimento sobre os propósitos de Deus. Ele sabia que João Batista tinha um papel específico a cumprir – preparar o caminho para o Messias – e que, uma vez cumprido esse papel, João estaria sujeito às dificuldades deste mundo, incluindo a perseguição.
  • Foco na Missão: A morte de João Batista também marcou uma transição no ministério de Jesus. Com a missão de João concluída, era hora de Jesus avançar com determinação em direção ao clímax de Seu próprio ministério. Ele tinha um forte senso de propósito e missão, e, embora a morte de João fosse trágica, Jesus permaneceu focado em Seu chamado.
  • Compromisso com as Multidões: Mesmo após receber a notícia da morte de João e tentar se retirar, as multidões O encontraram. Em vez de se afastar delas, Jesus teve compaixão e curou os enfermos entre elas, e mais tarde, realizou o milagre da multiplicação dos pães e peixes.
  • Emoções Humanas: Embora os Evangelhos não detalhem profundamente as emoções de Jesus nesse momento específico, é importante lembrar que Jesus era plenamente humano e plenamente divino. Ele sentia emoções como qualquer ser humano. Em outras partes dos Evangelhos, vemos Jesus expressar tristeza, angústia e compaixão.

Em resumo, embora a reação inicial de Jesus possa parecer contida, sua retirada e as ações subsequentes demonstram que Ele estava processando a morte de João Batista de maneira profunda e significativa, ao mesmo tempo em que permanecia comprometido com sua missão divina. Isso também demonstra um profundo compromisso com o Deus vivo, o Pai de todas as coisas e pelo qual existe e subsiste tudo.

Conclusão do Dia dos Mortos

Conclusão

O panorama da relação entre os seguidores de Deus e os padrões do mundo é fascinante e revelador. Enquanto as tradições pagãs muitas vezes abraçavam práticas e rituais que eram intrinsecamente ligados à natureza humana e aos costumes locais, as leis e ensinamentos divinos propunham um caminho distinto. A diferença fundamental entre esses dois paradigmas reside na origem de sua autoridade e no propósito de sua prática. No paganismo, muitas tradições emergiram de mitos ancestrais, da observação da natureza e da tentativa de explicar e influenciar o mundo desconhecido.

Em contraste, as leis de Deus, conforme apresentadas nas Escrituras, originam-se de uma fonte divina que busca elevar a humanidade a padrões de santidade e propósito. Em vez de se conformar ao mundo, os seguidores de Deus são desafiados a transformar-se, a refletir a imagem divina em seus comportamentos e escolhas. Esta distinção, mais do que qualquer outra, ressalta a profunda diferença entre adaptar-se aos padrões do mundo e buscar viver de acordo com os padrões eternos de um Deus santo.

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David Wallace
David Wallace

David Wallace é um renomado empresário, escritor e palestrante nascido em São Paulo, no Brasil. Dedicou-se por mais de três décadas ao estudo profundo das escrituras sagradas, mergulhando nas páginas da Bíblia e na Torá Judaica.

Sua paixão e erudição pelos textos antigos não apenas moldaram seu caráter, mas também permeiam seus ensinamentos cotidianos.

David é um compilador de sabedoria, e sua vasta experiência com as sagradas letras ressoa em cada palavra que escreve e em cada ensinamento que compartilha.

Com uma trajetória ímpar, ele se tornou uma referência quando o assunto é o entendimento profundo dos textos sagrados.

Artigos: 38

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